quarta-feira, 21 de janeiro de 2009


Ele me lê como um livro. Alisa minhas páginas brancas, sem escritas. Sem torturas, sem juras de amor. Sem fim. Ele finje não saber o que está escrito em mim.
Ele sabe. Que da minha boca corre solta um vontade louca de amar. Amar a mim. Amar Homar. Amar aquele vazio que eu sempre senti.
A dor dentro de mim jorra. As coisas por aqui não me assustam. A escuridão dentro de mim custa a passar.
Eu queria, de verdade queria. Ver denovo Homar, me entregar á teus braços. Tudo nele me atrai.
Ele é imenso, um Azul sem espaço. Um esplendor, um mormaço. Como pude me entregar assim.
Homar me atrai. Dentro dele sou criança. Longe de mim ser uma santa. Me perder nele seria fácil.
Homar é sereia, Acima dele a ave gorjeia. Dentro dele as ondas dançam.
Ah quem dera Homar, poder trazer um pouco de si para dentro de minha casa. Seus olhos são coisa rara. Só peço que por favor, não me dixe mais me perder assim.
Há um oceano dentro de mim, já não há mais como me não afogar.