domingo, 28 de dezembro de 2008


Nada me parece mais apoético e sem rimas quanto este lugar.
Aqui o silencio me assombra, é algo que quase nunca se pode ouvir.
As cores aqui são alegres. Tudo tão atrativo.
Verdes em árvores, roxo e branco nas flores.
Dificil de encontrar algo tão bonito, que me aproxime tanto de mim mesma.
Talvez por isso não encontre as rimas. Elas estão em mim, e não neste Lugar...
Estar distante de mim é algo tão dificil, e ao mesmo tempo tão eficaz...
Pois quando volto a ser eu mesma, me sinto cheia de vontade de viver denovo.
Talvez seja por isto que sempre estou aqui nos fins de ano.
Minha casa é perto do cemitério, é perto do meu avô, dos meus tios que já se foram, ninguem sabe, mais sempre que dá meia noite, eu olho lá pras montanhas e vejo a luz do cemitéio acesa...eles estão lá.
Aqui o anoitecer parece um vazio. Existe até uma musica de fundo que toca na catedral: Ave Maria. Todos os dias as seis horas toca a musica, e reza-se o terço de qualquer lugar da cidade se pode ouvir.
Anoitece, todos ocupam os bancos da praça.
Quando eu voltar quem sabe escreva uma poesia, e fale o quão bonito isso parece aos meus olhos. Por enquanto estou tão proxima da natureza, e distante de Deus que nem rimas consigo encontrar.

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Gosto.

Ora nega, Ele era alto-loiro-cabelos ondulados;
Tinha uns olhos levemente amendoados, com um tom verde meio puxado para mel...
eu não sei explicar bem o que me chamou atenção nele, não!
Deveter sido o fato dele ter a pele da cor de areia...
Algo diferente pra mim...
Eu sempre estive acostumada com homens de pele branca, clara como a neve...
Com gosto de água doce.
Ele, era diferente dos outros.
a Areia na pele...
os olhos do mar...
E o calor é claro...
que a neve não tem...
Ele não tem aquela tempestade...
Mas tem as ondas...
Algo que me acalma...
é bom só de olhar pra ele, preta...veja só!!
Ele tem aquele tempero que a comida branca não tem.
Aquele gosto que eu ainda não me acostumei...
Mais eu queria: E como!
Mergulhar por um instante naqueles olhos....
Nadar naquelas ondas...
Sentir o gosto salgado da areia daquela pele...
aaah nega, se tu vistes aquele homem
Pediria pra Deus lhe dar algo parecido com ele de presente...
Por que aquele morenaa...aaah aquele gosto eu já experimentei...
Aquele gosto é o meu.

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Minha morte secreta.


Sempre acharam que dentro de mim morava uma rosa, rosa clara, delicada.
Pois bem que achem, acho melhor assim, alguém aí sabe o que se passa dentro de mim?
Dentro de mim corre sangue:
Jorra!
Não, ele não é Rosa cor de ternura!
Nem Azul cor de cortesia.
Não sei bem a cor que ele tem, só sei que eu o sinto.
Mas sei disfarçar, eu disfarço e minto: é fácil guardar.
Ontem, eu o omiti, mas hoje, eu quero falar sobre ele.
Ele não é meu (de)lírio.
Pode até ser que seja um licor.
Eu já o bebi.
Assim de corpo inteiro.
Mas ele não sabe o que e senti. Senti o vermelho.
Naquele momento ele não viu em mim ternura, nem cortesia.
Viu a pele branca nua, e sentiu o vermelho tanto quanto eu.
Eu queria finjir, tentei eu juro.
Mas ele percebeu, ele é esperto, tão esperto quanto eu.