sexta-feira, 22 de maio de 2009

Era uma vez....
Sempre sonhei em começar uma história assim, "era uma vez" minhas tias sempre me contavam histórias assim, então pensei pq não começar uma história com "era uma vez" visto que....ai já falei demais e nem comecei....
Era uma vez....duas tres vezes por dia, cada vez era uma história pra contar.
Em um lugar onde o "era uma vez" da minha mãe e minha tia sempre existiam...
esse lugar se chamava Osiarap ...
Osiarap é uma pequena ilhazinha perdida pelo atlantico, onde nenhum barco consegue chegar, por algum motivo, os cascos dos navios são sempre furados. Nunca se salvou nenhum. Quer dizer nenhum nenhum é muito de se dizer.
Em uma noite cinzenta houve uma enorme tempestade. Os tripulantes do navio L.P.P.S. tentaram em vão se salvarem. mais o navio virou-se na tempestade ficando com o casco para cima e as pessoas para baixo.
Porém neste navio havia um bravo marinheiro, de barbas vermelhas, muito vermelhas, cabelos compridos amarrados em um rabinho esticado pelas costas. Este bravo marinheiro, conseguiu salvar-se nadando até uma ilha pequenina, onde havia muito coco, e peixes para dar e vender.
Por sete anos o marinheiro viveu nesta ilhazinha. Até que um dia encontrou em uma cestinha, algo cor-de-rosa que se mexia.
Ao ver uma pequena garotinha se enroscando em cobertores, pensou na dor que aquela criança iria sentir se vivesse ali, se alimentando somente de peixes e coco, e se passase sete anos de sua vida ali, e se passase a vida toda.
Decidiu que faria um barco e levaria a garotinha pra cidade. Viajou por tres dias com ela pelo mar levando peixe cozindo e água de coco em seu barquinho de taquaras que mal conseguia boiar. Porém pra azar do marinheiro, os peixes acabaram restando somente o coco. ele sentia imensa fome, e pensava em como se alimentaria e alimentaria aquela criança com o pouco de comida que havia em seu navio. Com o coração gelado, com a falta de comida, o sol apagando o pouco que seus olhos enchergavam, jogou a cesta com o bebe no oceano...Deixando que tomasse o destino que tivesse. Aí, amigos, vem a parte estranha da história neste momento, ele começou a ouvir barulho de pica-pau vindo do casco de seu navio.
"tic-tic-tic"
O navio se mexia mexia, até começar a entrar água por entre as taquaras do fraco navio. O marinheiro sentia gelar o seu corpo todo com a temperatura da água. via seus cocos boiando oceano afora Não havia onde se segurar. pra onde nadar, pois os estranhos animais que derrubaram seu navio começaram a bicar tuas pernas, pouco a pouco até sangrarem, corroerem e ele passar a sentir o salgado gosto das águas rasgando teus pulmões, entrando por suas narinas, e vivendo pra sempre, em um imenso verde sem fim.
A garotinha do cesto foi estranhamente carregada para Osiarap, o cesto parou em areias brancas, e pra onde se olhasse, via um imenso azul. Por ali a garotinha passou algumas horas dormindo em teu cesto um sono profundo...