quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Malory-Parte II



E as amigas saiam, uma a uma, e eu continuava ali, a ver Malory contemplar a banda. Ela sentia vontade de dançar, eu via isso pelos leves movimentos que ela faziam com os braços, e os ombros, só não dançava porque não queria chamar atenção. Quando a banda acabou, Malory se levantou, eu não pude acreitar, faltava apenas uma amiga, por que não tocar mais uma musica pra amiga ir embora? Queria pedir pra banda tocar mais uma, duas ou três, quantas fossem preciso para q a amiga sumisse do lado de Malory, alguém teria de arrancar a amiga de lá, mais quem?! Quem? Malory começou a caminhar em direção ao palco, não pude acreditar ela iria embora... E estava com um sorriso lindo no rosto, quando subiu no palco foi logo pegando a guitarra, vermelha, vermelho vivo, da cor dos seus cabelos. Minha atenção estava tão presa ao olhar de Malory, que nem pude perceber, que o vocalista chamara ela para tocar uma musica com a banda.
"-Estamos aqui com esta ruiva linda e ótima guitarrista nos acompanhando, e nem preciso dizer Malory, que você, você, e só você minha Deusa, é a maior inspiração pras minhas musicas!"
Ao ouvir estas palavras vindo do vocalista, eu pude perceber, que Malory, não era garota pra mim, eu que era um simples garoto de All Star Azul marinho, não merecia uma garota daquele nível. Malory tocava sua guitarra com maestria, o Vocalista a olhava sorrindo, e ela fechava os olhos, como estava linda, tocava sem pensar em ninguém a sua volta. Quando a musica acabou Malory abriu os grandes olhos verdes, e me olhou! Pela primeira vez na vida Malory olhou pra mim!E logo após este olhar que para muitos pode parecer bobo, mais para mim, foi mais importante que qualquer outra coisa naquele momento, Malory corou, ficou vermelha, e suas sardas nem estavam aparecendo, e sem nem ao menos perceber, eu sorri pra ela, meio que sem querer, e ela me correspondeu, com um sorriso de lado, meio tímido. Então, comecei a aplaudir, todos começaram a aplaudir Malory com sua maestria e sua guitarra vermelha.

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Malory-Parte I


Todos sentados na praça, como sempre fora nas noites de sábado em uma cidade pacata qualquer. Malory, Dase, Yuri, e mais uns quinze amigos. Ali, tomavam Refrigerante com Pinga, e fumavam seus cigarros, todas as noites, sem querer mudar a rotina. Tocavam violão, e marcavam o próximo xouzinho ali mesmo, naquela praça onde nada se tinha pra fazer, algo tinha que ser inventado não acha? Malory era ruiva, cabelos ondulados até a cintura, olhos verde escuro, e sardas, nas bochexas, nas costas, nos ombros, o Sol acabava com sua pele. No Pescoço, Malory tinha uma nota musical tatuada, bem pequena, quase imperceptível, os cabelos Ruivos cobriam a tatuagem. Aaah Malory, quem sou eu para falar de você não acha?! Nossa história acabou tão Rápido. A vida era assim: Como em Filmes americanos, sempre existia uma que era mais popular que outra, uma que era mais estranha que outra, mais a Malory, ah! A minha Malory não era igual a nenhuma outra. Ela tinha a personalidade forte, nenhuma outra era igual a ela. Todos na Roda queriam Malory, seus cabelos ruivos, sua tatuagem no pescoço, sua personalidade forte e sua guitarra. Sua voz desafinada era algo que todos ignoravam, pois naqueles cabelos, tudo se acertava, todas as vozes se tornavam as mais lindas cantigas. Malory estava sempre ali, escondida bem atrás das amigas. Não gostava de chamar atenção, mais a MINHA atenção sempre foi somente de Malory, apesar dela nunca olhar pra mim. Um dia em um desse showzinhos na praça resolvi aparecer. Lá estava ela, com mais três amigas, sentada em um degrauzinho, olhando pra banda sonhadoramente, as amigas fofocavam, falavam sobre os outros garotos, mais eu sentia, que Malory, Não dava a mínima atenção pros outros garotos, até que a banda paresse de tocar, ela ficaria ali, estática. E enquanto o show não terminasse, ao lado de Malory, ninguém teria atenção. Até que foram sumindo as amigas, uma a uma, e ela só lhes respondia: "Não, vou ficar aqui, vendo a banda". Ó Deus, quem era aquela Garota, eu tinha que descobrir, porque tanta atenção pra Guitarra, tanta atenção pra bateria, e nenhuma atenção pra mim? Naquele momento, me decidi, me sentaria ali, naquele degrau ao lado de Malory, Assim que a ultima amiga sumisse.

sábado, 18 de outubro de 2008


A cada Canto que ouço,

Guardo em um canto,

E a cada som diferente

Um novo encanto

Cantem ondas do mar

Cantem cantigas para a menina dançar.

Deixem que ela suje os pés na areia

Não..Não venha limpar...

Quem sabe um dia, a menina vire sereia...

E depois disso jamais poderá se sujar

Então deixe mar...

Deixe ela cantar, em um canto qualquer da praia...

Uma cantiga, para que eu possa guardar em um canto qualquer de mim...

Um novo encanto


terça-feira, 14 de outubro de 2008

Olho-me no espelho...Meus cabelos, minha face...Todos os pedaços de mim tem uma gota de você, um pouco do seu gosto...Jogo a escova na penteadeira, junto com as palavras que gostaria de dizer...Alí, se embolam...Fios de cabelo e palavras...numa só sintaxe...Na vontade de estarem num só lugar...

sábado, 11 de outubro de 2008


Ele é um licor dos mais raros vendidos em Las Vegas...

Tem um sabor delicado, fino...

Ah se eu pudesse, Beberia-o inteiro...

terça-feira, 7 de outubro de 2008


Morreu, sim o vermelho do amor, os lírios da minha garagem, os dias poucos de minha sabedoria...

O sonho, morreu. Foi-se embora junto com o vento, me deixando aqui, a ver os pobres cataventos estáticos.

Foram-se embora as minhas alegrias e me deixaram em constante desespero inesperado com os olhos enrrugados de tanto gritar á dor.

A garganta já não sentia o amargo que pelas goelas descia, sentindo a falta do sentir: Amor.

E a noite já não viraria dia

E a escuridão só crescia.

E a poesia acabou.