terça-feira, 28 de outubro de 2008

Malory-Parte I


Todos sentados na praça, como sempre fora nas noites de sábado em uma cidade pacata qualquer. Malory, Dase, Yuri, e mais uns quinze amigos. Ali, tomavam Refrigerante com Pinga, e fumavam seus cigarros, todas as noites, sem querer mudar a rotina. Tocavam violão, e marcavam o próximo xouzinho ali mesmo, naquela praça onde nada se tinha pra fazer, algo tinha que ser inventado não acha? Malory era ruiva, cabelos ondulados até a cintura, olhos verde escuro, e sardas, nas bochexas, nas costas, nos ombros, o Sol acabava com sua pele. No Pescoço, Malory tinha uma nota musical tatuada, bem pequena, quase imperceptível, os cabelos Ruivos cobriam a tatuagem. Aaah Malory, quem sou eu para falar de você não acha?! Nossa história acabou tão Rápido. A vida era assim: Como em Filmes americanos, sempre existia uma que era mais popular que outra, uma que era mais estranha que outra, mais a Malory, ah! A minha Malory não era igual a nenhuma outra. Ela tinha a personalidade forte, nenhuma outra era igual a ela. Todos na Roda queriam Malory, seus cabelos ruivos, sua tatuagem no pescoço, sua personalidade forte e sua guitarra. Sua voz desafinada era algo que todos ignoravam, pois naqueles cabelos, tudo se acertava, todas as vozes se tornavam as mais lindas cantigas. Malory estava sempre ali, escondida bem atrás das amigas. Não gostava de chamar atenção, mais a MINHA atenção sempre foi somente de Malory, apesar dela nunca olhar pra mim. Um dia em um desse showzinhos na praça resolvi aparecer. Lá estava ela, com mais três amigas, sentada em um degrauzinho, olhando pra banda sonhadoramente, as amigas fofocavam, falavam sobre os outros garotos, mais eu sentia, que Malory, Não dava a mínima atenção pros outros garotos, até que a banda paresse de tocar, ela ficaria ali, estática. E enquanto o show não terminasse, ao lado de Malory, ninguém teria atenção. Até que foram sumindo as amigas, uma a uma, e ela só lhes respondia: "Não, vou ficar aqui, vendo a banda". Ó Deus, quem era aquela Garota, eu tinha que descobrir, porque tanta atenção pra Guitarra, tanta atenção pra bateria, e nenhuma atenção pra mim? Naquele momento, me decidi, me sentaria ali, naquele degrau ao lado de Malory, Assim que a ultima amiga sumisse.

2 comentários:

D u d e disse...

Fânia...não me canso de dizer : você tem o dom!

E tenho dito.

Bah. disse...

o.O
Adorei!
..e essa história, todo o 'cenário' onde ela se passa..
caramba!
Demorei pra vir aqui ler mas agora quero terminar! rs*