quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Minha casa não é casa


Minha casa não é casa, é um quarto.
Meu carro, se empurra com a mão
No meu carro faço minhas viagens.
empurro ele noite e dia atrás de papelão.
De noite eu durmo no quarto.
Almoço no quarto.
Durmo na cozinha.
E de dia eu volto denovo
Não dá nem tempo de ver televisão.
E ao cair do sol eu continuo
No gosto salgado da contra mão
Mesmo que eu não goste eu respiro fundo
e ela (com fome) me dá a mão.
Longe de casa eu penso em lhe pedir perdão.
Solta de ti este gosto salgado
Deixa em paz eu viver minha solidão.
Mas quando volto pra cozinha.
que é quarto
e é salinha
Eu me desepejo em teus braços
Mesmo sendo pequenono meu quarto não falta espaço
pra mais um coração.
Como o concurso já passou, achei que eu já pudesse postar a poesia aqui! O contexto, ou o que me inspirou pra escrever, é dificil de falar, a cena é toda relatada na poesia, e eu ainda vejo ela como se fosse um quadro pintado por minhas mãos, espero que gostem :)

Um comentário:

D u d e disse...

Caralho, isso sim que é escrever... como pode? É contagioso esse dom? Porque eu quero pegar! rs